Hérnia da parede abdominal

As hérnias da parede abdominal podem ser causadas por uma variedade de fatores, que incluem tanto aspectos anatômicos quanto condições adquiridas. De acordo com a literatura médica, as causas mais comuns de hérnias abdominais incluem:
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1. Fatores Anatômicos e Genéticos: Certas condições genéticas podem predispor os indivíduos à formação de hérnias inguinais e incisionais. Além de alterações nos níveis de colágeno tipo I/III, que podem comprometer a integridade estrutural da parede abdominal.
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2. Pressão Intra-abdominal Aumentada: Condições que aumentam a pressão intra-abdominal, como ascite (barriga d'água), gravidez, obesidade, carga física elevada e tosse crônica, são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de hérnias, especialmente umbilicais.
    

3. Fatores Relacionados à Cirurgia: Hérnias incisionais ocorrem frequentemente após cirurgias abdominais, devido a falhas na cicatrização da ferida cirúrgica. Fatores como infecção do sítio cirúrgico, diabetes, tabagismo, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), obesidade e uso de medicamentos imunossupressores são associados a um risco aumentado de formação de hérnias incisionais.
    

4. Defeitos na Cicatrização e na Síntese da Matriz Extracelular: A falha na cicatrização adequada e a síntese deficiente da matriz extracelular são mecanismos biológicos fundamentais na formação de hérnias, especialmente após laparotomias (cirurgia em que há abertura da cavidade abdominal).
    

5. Trauma e Lesões: Traumas de alta energia, como colisões de veículos, podem resultar em hérnias, como as hérnias de Spiegel, que ocorrem através de defeitos entre os músculos (na linha semilunar).

Esses fatores destacam a natureza multifatorial das hérnias abdominais, onde tanto predisposições genéticas quanto condições adquiridas desempenham papéis significativos. A identificação e o manejo desses fatores de risco são cruciais para a prevenção e tratamento eficaz das hérnias da parede abdominal.